sábado, 8 de agosto de 2009

Me acho no mato



























Toda vez que eu me perco, me acho no mato..



passo pela porteira seja ela de arame ou madeira



e me acho no mato



me perco na civilização.



me assusto coma multidão



ai fecho os olhos e me acho no mato






no momento de desespero fecho os olhos e me acho no mato



vejo o por do sol ao horizonte e me acho no mato.



sinto a brisa do tempo quente e me acho no mato



quero fugir da vida selvagem da cidade e me acho no mato.



não é praia não é morro não é este meu socorro






eu me acho é no mato,



é passando a porteira,



é bebendo água na bica de beira



eu me acho no mato






pulando de esgueio o mata burro, indo na venda comprar pão duro



eu me acho no mato



sentado na varanda, proseando sobre a vida



eu me acho no mato






sendo todo rabiscado com alma de sertão



sendo diferente nesta vida de bridão



eu me acho é no mato






sim Deus e eu no sertão



eu me acho no mato,



e agora meu mato ta mais brando, mas meu mato ta crescido



meu mato ta dando frutos e das graças o mais lindo,



frutos de amor, frutos de suspiros






mas e eu?



ainda não to no mato



eu me acho no mato






e se me perco nesse estar



no mato quero me achar



perto dos querentes e queridos dos vivente e já vividos



eu me acho no mato






não sei dos elementos, apenas sei do meu sentir



me encontrei perto das águas e me perdi de junto ao mar



e ai



eu me acho no mato...






e o cheiro do mato molhado ao amanhecer me faz renascer.



eu me acho no mato!

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