Toda vez que eu me perco, me acho no mato..
passo pela porteira seja ela de arame ou madeira
e me acho no mato
me perco na civilização.
me assusto coma multidão
ai fecho os olhos e me acho no mato
no momento de desespero fecho os olhos e me acho no mato
vejo o por do sol ao horizonte e me acho no mato.
sinto a brisa do tempo quente e me acho no mato
quero fugir da vida selvagem da cidade e me acho no mato.
não é praia não é morro não é este meu socorro
eu me acho é no mato,
é passando a porteira,
é bebendo água na bica de beira
eu me acho no mato
pulando de esgueio o mata burro, indo na venda comprar pão duro
eu me acho no mato
sentado na varanda, proseando sobre a vida
eu me acho no mato
sendo todo rabiscado com alma de sertão
sendo diferente nesta vida de bridão
eu me acho é no mato
sim Deus e eu no sertão
eu me acho no mato,
e agora meu mato ta mais brando, mas meu mato ta crescido
meu mato ta dando frutos e das graças o mais lindo,
frutos de amor, frutos de suspiros
mas e eu?
ainda não to no mato
eu me acho no mato
e se me perco nesse estar
no mato quero me achar
perto dos querentes e queridos dos vivente e já vividos
eu me acho no mato
não sei dos elementos, apenas sei do meu sentir
me encontrei perto das águas e me perdi de junto ao mar
e ai
eu me acho no mato...
e o cheiro do mato molhado ao amanhecer me faz renascer.
eu me acho no mato!
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